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A physalis é uma fruta bem interessante:
considerada exótica, é encontrada no mercado a preços elevados, mas, apesar
disso, no Norte e Nordeste do nosso país ela é comum nos quintais e chamada por
nomes bem brasileiros: camapum, joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã,
bate-testa e mata-fome.
Essa variedade nativa é a Physalis angulata, da família
das Solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas.
Originária da Amazônica e dos Andes, a physalis possui variedades cultivadas na
América, Europa e Ásia.
Na Colômbia, é conhecida como uchuva e no
Japão, como hosuki. É uma planta arbustiva, que pode chegar aos dois metros de
altura. As frutas são delicadas, pequenas e redondas, com coloração que vai do
amarelo ao alaranjado, envolvidas por uma folha fina e seca, em forma de balão.
Com sabor doce, levemente ácido, a physalis é consumida ao natural e usada na
preparação de doces, geléias, sorvetes, bombons e em molhos de saladas e
carnes. É rica em vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de alcalóides e
flavonóides.
Seu lado medicinal não deixa a desejar: é
conhecida por purificar o sangue, fortalecer o sistema imunológico, aliviar
dores de garganta e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. A população
nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes,
reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado.
A planta tem sido estudada também por
fornecer um poderoso instrumento para controlar o sistema de defesa do
organismo, diminuindo a rejeição em transplantes e atacando alergias.
Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia identificaram
substâncias com esse potencial naPhysalis angulata e já solicitaram patente sobre o uso
delas. Testadas por enquanto em camundongos, espera-se que as fisalinas
(chamadas de B, F e G) tenham um efeito tão bom quanto o das substâncias usadas
hoje para controlar o sistema imune, mas com menos efeitos colaterais, quando
forem usadas em pacientes humanos.
"Em geral, ela é usada na forma de
chá ou infusão", diz Milena Soares, pesquisadora da Fiocruz. A erva cresce
na América Latina e na África, e as moléculas que produz, as fisalinas,
atraíram a atenção dos cientistas porque pertencem ao grupo dos
corticosteróides, usados hoje para controlar o sistema imune. "Essas
substâncias já tinham sido descritas, mas nós fomos os primeiros a estudar suas
propriedades", conta Soares. O trabalho foi publicado na revista
científica "European Journal of Pharmacology"
(www.sciencedirect.com/science/). Se for comprovado que as substâncias causam
menos efeitos colaterais, a pesquisadora diz que os pacientes com o sistema
imune hiperativo seriam poupados de inchaços ou da diminuição da produção de
células do sangue na medula óssea, causada pelos medicamentos utilizados hoje.
Cultivo
A physalis é uma
planta rústica, que exige poucos cuidados, e que até agora não apresentou uma
doença significativa que possa ser grande ameaça ao cultivo. Desenvolve-se bem
em regiões quentes, de clima tropical e subtropical, mas tolera bem o frio.
Antes de plantar, é aconselhável realizar
análise de solo, que deve ser preparado com as mesmas recomendações para o
cultivo do tomate. Os melhores solos são os areno-argilosos e pouco ácidos. A
semeadura é feita em bandejas de isopor com 128 células, copos plásticos ou
saquinhos de polietileno, com substrato para hortaliças, usando-se uma semente
por célula, copo ou saquinho. A germinação se dá em cerca de 20 dias.
Quando as plantinhas estiverem com mais ou
menos 20 centímetros de altura podem ser transferidas para o local definitivo.
Plantam-se grupos de quatro mudas, distantes 30 centímetros uma da outra, em
forma de quadrado (uma planta em cada canto). No centro, coloca-se uma vara de
bambu ou madeira com cerca de dois metros de altura, para que as plantas sejam
amarradas até o final da produção. O espaçamento entre as linhas é de dois
metros. A colheita começa quatro meses depois do plantio e estende-se por seis
ou oito meses. Cada planta produz até três quilos de frutas.
Curiosidades sobre a Physalis
* No Brasil, a variedade nativa é a Physalis angulata
* No Japão, existe variedade de cor vermelha chamada hosuki. Lá, anualmente, acontece a Festa do Hosuki
* As variedades capsicifolia, esquirolii, lanceifolia, linkiana e ramosissima encontram-se espalhadas pela América, Europa e Ásia
* Apesar de ser bastante rústica e exigir poucos cuidados, é imprescindível o controle de insetos a partir da floração
* Utilizando-se o tutoramento, como nos plantios de tomate ou pimentão, é possível obter uma produção maior em menos tempo
* A physalis também é utilizada como tira-gosto em degustações de vinho
* Na Austrália, a physalis rende uma conserva fina exportada para vários países
* Em Paris é servida em restaurantes elegantes, coberta com chocolate
* Estudos científicos recentes estão revelando que a planta apresenta forte atividade como estimulante imunológico e efeito antiviral contra os vírus da gripe e herpes. Contém alto teor de vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de flavonóides, alcalóides, fitoesteróides, alguns recém descobertos pela ciência
* A physalis é rica em carotenóides. Os carotenóides estão na lista dos compostos bioativos considerados funcionais, ou seja, aqueles capazes de prevenir doenças. São corantes naturais capazes de afastar males como cegueira noturna, catarata e até câncer
* A fruta também pode ser encontrada no comércio em forma liofilizada em cápsulas
* No Japão, existe variedade de cor vermelha chamada hosuki. Lá, anualmente, acontece a Festa do Hosuki
* As variedades capsicifolia, esquirolii, lanceifolia, linkiana e ramosissima encontram-se espalhadas pela América, Europa e Ásia
* Apesar de ser bastante rústica e exigir poucos cuidados, é imprescindível o controle de insetos a partir da floração
* Utilizando-se o tutoramento, como nos plantios de tomate ou pimentão, é possível obter uma produção maior em menos tempo
* A physalis também é utilizada como tira-gosto em degustações de vinho
* Na Austrália, a physalis rende uma conserva fina exportada para vários países
* Em Paris é servida em restaurantes elegantes, coberta com chocolate
* Estudos científicos recentes estão revelando que a planta apresenta forte atividade como estimulante imunológico e efeito antiviral contra os vírus da gripe e herpes. Contém alto teor de vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de flavonóides, alcalóides, fitoesteróides, alguns recém descobertos pela ciência
* A physalis é rica em carotenóides. Os carotenóides estão na lista dos compostos bioativos considerados funcionais, ou seja, aqueles capazes de prevenir doenças. São corantes naturais capazes de afastar males como cegueira noturna, catarata e até câncer
* A fruta também pode ser encontrada no comércio em forma liofilizada em cápsulas
Ficha da Planta
Plantio: qualquer época do ano
Solo: areno-argiloso, rico em matéria orgânica e com pH entre 5,5 e 6
Clima: tropical e subtropical, mas tolera bem o frio
Colheita: a partir de 120 dias depois do plantio das sementes; pode estender-se por um período de por seis ou oito meses. Cada planta produz até três quilos de frutas.
Solo: areno-argiloso, rico em matéria orgânica e com pH entre 5,5 e 6
Clima: tropical e subtropical, mas tolera bem o frio
Colheita: a partir de 120 dias depois do plantio das sementes; pode estender-se por um período de por seis ou oito meses. Cada planta produz até três quilos de frutas.
Receita deliciosa com Physalis
Quem quiser experimentar esta delícia de
fruta, pode preparar a receita criada pelo site www.physalis.com.br - Aí vai:
Kudamono (Sashimi de physalis)
Ingredientes: 4 bananas nanicas, 2 maçãs, 8 physalis, 2 carambolas, 8 cerejas, 2 laranjas, açúcar de confeiteiro o quanto baste, 300 ml de creme de leite fresco, 300 ml de leite integral, 80 g de açúcar, 1 fava de baunilha, 2 colheres de sopa de maisena (rasa), 4 gemas.
Ingredientes: 4 bananas nanicas, 2 maçãs, 8 physalis, 2 carambolas, 8 cerejas, 2 laranjas, açúcar de confeiteiro o quanto baste, 300 ml de creme de leite fresco, 300 ml de leite integral, 80 g de açúcar, 1 fava de baunilha, 2 colheres de sopa de maisena (rasa), 4 gemas.
Modo de fazer: Misture o creme de leite e o leite e acrescente a fava de baunilha aberta e raspada. Leve ao fogo e retire antes de levantar fervura, reserve. Bata as gemas com o açúcar e a maisena e dilua o composto com o creme de leite e o leite reservado. Leve ao fogo brando e mexa ate alcançar a textura desejada, reserve. Distribua o creme de baunilha no centro de cada prato e decore com as frutas devidamente trabalhadas, salpique com o açúcar de confeiteiro.
Fontes de Pesquisa: Revista Globo Rural, Revista Isto É,
Universidade de Los Andes e Depto. Ministério de Agricultura y Desarrollo de
Colômbia, Plantas Medicinales, www.anbio.org.br e www.physalis.com.br
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